O luto se origina a partir de uma perda significativa: um ente querido que morre, uma mudança de cidade ou país, uma separação, a perda de um emprego, de uma gestação, de um membro ou função corporal, de um animal de estimação, entre outros.

As perdas, apesar de quase sempre indesejadas, fazem parte do ciclo natural da vida e, conseqüentemente, o luto também. Passar por um processo de luto após uma perda importante é algo indispensável para a elaboração da perda. Essa “desordem” vivida no luto, com emoções oscilantes, comportamentos desconhecidos e prioridades que se invertem, fazem com que muitos se questionem sobre quais sintomas são considerados normais nesse processo e quanto tempo eles devem durar. A forma como esse processo é vivido está relacionada com diferentes questões da vida de cada um e fazem de cada luto um processo único e específico. Não existe uma regra de como o luto deve ser vivido e muitos são os fatores que influenciam nessa vivência, como por exemplo:

  • A fase da vida em que a pessoa enlutada se encontra (infância, adolescência, idade adulta ou terceira idade);
  • A forma como se dá a perda (inesperada e repentina ou lenta e esperada);
  • O vínculo com a pessoa ou objeto perdido;
  • A vivência de outras perdas no decorrer da vida;
  • A rede de apoio com que se pode contar (familiares, amigos e profissionais), entre tantos outros aspectos.

Tudo isso pode trazer impactos de diversas formas nas distintas áreas da vida de uma pessoa (familiar, social, escolar/acadêmica, profissional, sexual e etc).

Por todas essas razões o luto é algo complexo, mas que pode e deve ser enfrentado e vivido em sua complexidade, para que possa ser então elaborado, dando um novo lugar e um novo sentido para a experiência de perda.